Lá nos confins do universo; Onde impera a fria solidão... Sempre que posso me acoberto; Para aquecer o meu coração... No berço esplêndido do universo!
Estrelas com força cintilam; Minha alma vão iluminando... Meus sentimentos fibrilam; A todas elas acompanhando... Enquanto sonhos deliram!
Sou um quê de ternura; Com muita emoção... Trago nos olhos ventura; Vivo apenas de ilusão... Meio clara e meio escura!
Neste vasto éter misterioso; Me seguro com as duas mãos... Enquanto meu olhar luminoso; Procura enxergar a sua solidão... Que é um ser frio e horroroso!
Os sons que aqui eu não sinto; Fazem a mim mesma eu sondar... Mas é tão enorme este infinito; Que eu nem consigo é sonhar... Porquê nele existe um grito!
Despenco dos meus pensamentos; Sei muito bem que eu até viajei... Mas este universo que adentro; Foi o que eu própria imaginei... Será que me alegro ou lamento?
E a minha solidão se comparada; Com a que penso ter sentido... É apenas uma parca lufada; Também algo muito reles, finito... Que de mim dá gargalhadas!
Ao ver os pés no chão pisando; Me faz sentir como sou frágil... Em sonhos vou descambando; Por meio da minha mente ágil... Porquê o chão está balançando!
Mas as loucuras que me tomam; Me fazem a vida plena sentir... Mesmo quando os olhos choram; Sou bem capaz de até sorrir... Alegrias que sentimentos imploram!
Porquê a minha farta imaginação; É que me faz em tudo acreditar... Mesmo sendo apenas alucinação; Põe meu coração a se agitar...
Dizendo ora sim, ora não; Para tudo que estou a pensar... Sem consultar a emoção; Que como chão está a balançar... Vou voltar para a vastidão; Lá irei minha casa montar!
Joyce Sameitat
São Paulo, 02 de Março de 2010 |