Quem somos? vida de tantas vidas, que, em vidas perdidas, nós encontramos em sinais.
Um ponto misterioso, que ainda existe, somado ao mais desconhecido, que não saberemos jamais quem fomos, quem somos na vida do tanto faz, um ponto misterioso que não existe mais, mas que faz a diferença, na crença de não sermos iguais na pele, nos traços por fora, por dentro, no sangue e no apenas desfaz.
Vim de um ponto obscuro, que não me lembro mais; atravessei o deserto nadei nas águas do mar, venci limites, e aqui estou, desconhecida, com um sobrenome, fazendo a história acontecer, sem saber quem sou, prá onde vou, em nome do grande amor, que, como semente descrente, na crosta da terra brotou, balançando no vento, a saudade que enraizou, sem nome, circulando, vibrando, mostrando que aqui estou, perdida, esquecida, sem saber que sou mistério, critério de um ponto sem nó que a vida abraçou.
Schyrlei Pinheiro
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